Este semestre a minha vida vai ser um pouco diferente, espero sinceramente conseguir ter mais tempo para escrever no blog!
Este fim de semana tive algum tempo para pensar...Há coisas que por mais que se tentem esquecer não se esquecem...foram demasiado boas e demasiado especiais para deixa-las fugir com o vento!
Tornas-te a minha vida num pesadelo surrealista é certo, mas antes disso, deste-me todas as estrelas pintadas por Van Gogh...
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(...)
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.
(...)
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(...)
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassosegos grandes.
(...)
(Enlacemos as mãos.)
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
(...)
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
(...)
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
Ricardo Reis, in "Odes"
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