domingo, 18 de dezembro de 2011

As pessoas (realmente) mudam?!

   'As pessoas mudam' é daquelas frases mais corriqueiras que se ouvem por ai, mas será realmente verdade?
   Desde um determinado momento na minha vida, as pessoas dizem que mudei, que estou diferente, que a minha atitude é outra, que estou bem melhor. Mas será que tinha mudado mesmo?! Pois é, descobri que não. Por fora posso estar diferente e a minha maneira de encarar as coisas também podia estar diferente, mas não mudei. Acho que me camuflei, pois não sinto que tenha andado este tempo todo a fingir, acho que tentei ser de outra maneira para agradar aos outros e a mim própria, como que a encarnar uma personagem.
   Mas as coisas acontecem sem nós esperar-mos, e se algo nos trás consequencias negativas, pode pelo meio trazer qualquer coisa de bom. Percebi que não é a tentar esconder o meu verdadeiro eu que sou feliz, pois é nos pequenos momentos em que deixo transparecer a minha verdadeira maneira de ser que me sinto mais feliz.
   Eu não quero tirar um curso com notas excelentes para poder trabalhar na minha área, pois eu nem sequer sei qual é a minha área, eu não quero fazer planos a longo prazo pois nem sequer sei se vai haver dia de amanhã, eu não quero pensar na minha vida daqui a dez anos, pois se não vivo agora, também não viverei nessa altura. Eu não quero um caminho traçado, uma rua direita sem obstáculos, eu quero seguir as pequenas pedras à beira da estrada e descobrir onde elas me levam, pois só quando descobrir o fim do caminho perceberei se é certo ou errado.
   Quero viver! Viver sem medos e sem preconceitos, quero ser feliz e divertir-me! Quero aproveitar a luz do sol e a luz da lua, o sol e a chuva, o frio e o calor! Quero aproveitar o dia de amanhã sem pensar muito sobre o depois de amanhã, pois é assim mesmo que eu sou, porque quando morrer não quero olhar para traz e descobrir que afinal não vivi e simplesmente deambulei pela vida!

“I went to the woods because I wanted to live deliberately, I wanted to live deep and suck out all the marrow of life, To put to rout all that was not life and not when I had come to die Discover that I had not lived.”                                         Henry David Thoreau

   

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